26 de maio de 2012 | 03h03
A taxa de urbanismo foi calculada pelo Estado a partir de observações feitas pelos recenseadores sobre dez tipos de melhoramentos urbanos localizados no entorno de 57 milhões de domicílios brasileiros e divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento considerou apenas as áreas urbanas dos municípios e não levou em conta favelas e aglomerados.
Logo atrás de São Paulo estão outros Estados das Regiões Sul e Sudeste, como Paraná (72,5%), Rio de Janeiro (71,8%) e Minas Gerais (71,7%). São locais que receberam as últimas grandes ondas migratórias há mais de 40 anos e já tiveram tempo para consolidar a infraestrutura urbana. A outra ponta do ranking concentra novas fronteiras econômicas da Região Norte, onde a urbanização é menos recente, como Rondônia (46,2%), Pará (43,4%) e Amapá (42,1%).
Para o cálculo, foram usadas as médias municipais, ponderadas pelo número de domicílios de cada município, para que as cidades tenham um peso proporcional maior conforme a população.
Renda. A desigualdade não é apenas regional. Os dados mostram que, quanto maior a renda, mais alta a taxa de urbanização. Nada menos do que 94% dos domicílios brasileiros cujo rendimento é maior do que R$ 1 mil por mês estão em ruas pavimentadas. Mas essa proporção cai a dois terços quando a renda dos moradores é inferior a R$ 250 (em valores de setembro de 2010). A disparidade é ainda pior quando se trata de calçadas: 87% da parcela de renda superior tem calçamento na porta de casa, enquanto a taxa no extrato de renda mais baixa cai a 45%. Além disso, os mais pobres têm seis vezes mais chances de verem o esgoto correr ao ar livre na frente de suas casas, por exemplo.
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