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Lula vai à Prefeitura aconselhar Haddad a seguir exemplo do Rio

Por DAIANE CARDOSO
Atualização:

Na primeira visita à Prefeitura após a posse de Fernando Haddad (PT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu por 1h20 com o prefeito e dez de seus principais secretários. Lula aconselhou Haddad e equipe a seguirem o exemplo do Rio de Janeiro nas parcerias com o governo federal.Lula também orientou Haddad e seus secretários a aproximarem seu governo da população, por meio de prestação de contas e aumento da participação popular na criação de projetos. E citou a importância de construir propostas com o governo estadual, uma vez que há interesses em comum e "o entendimento local é fundamental" para o êxito das administrações."Ele insistiu para que levássemos também muito em consideração o governo do Estado, fazendo referência ao governo do Rio", relatou Haddad. Segundo ele, Lula falou do "amadurecimento da política nos últimos anos", o que permitiu que "os interesses da população fiquem acima da questão partidária".Graças às parcerias com União e Estado, no ano passado, pela primeira vez, a Prefeitura do Rio passou a de São Paulo em volume de recursos aplicados em novas obras, apesar de ter orçamento 36% menor. O governo municipal carioca aplicou R$ 3,42 bilhões em investimentos em 2012, ante R$ 2,9 bilhões da capital paulista.Volta. Lula retomou ontem sua agenda pública após férias em Angra dos Reis. Ele pediu aos secretários para analisarem parcerias do governo federal disponíveis nos ministérios - muitas pouco acionadas nos últimos anos pelo Executivo paulistano. O próprio Haddad reforçou esse pedido aos secretários - ele quer buscar verba de convênios com os Ministérios da Saúde e da Educação, para ações na cracolândia e construção de creches.Ao falar com jornalistas, o prefeito rebateu críticas do blog de mercados emergentes do jornal britânico Financial Times, o Beyondbrics, que acusou o governo brasileiro de levar "no jeitinho" a política econômica, ao pedir que prefeituras segurem o reajuste de tarifas de ônibus para não impactar a inflação. "(O governo) faz política de gestão, não de jeitinho", disse. "Se há contratos que coincidem com o reajuste, a coisa mais natural do mundo é fazer gestão no sentido de descasar os reajustes ao longo do ano para que não haja um mês de impacto muito forte." / COLABOROU DIEGO ZANCHETTA

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