
30 de novembro de 2010 | 14h51
ESTREITO-MA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, 30, que as Forças Armadas continuarão no combate ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro o tempo que for necessário, para garantir a paz. Em entrevista realizada hoje, depois de visitar o canteiro de obras da usina hidrelétrica, no rio Tocantins, Lula ressaltou a parceria entre os governos do Estado e federal, na operação.
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Ele observou que o governo federal só pode enviar tropas após pedido formal do governador Sergio Cabral (PMDB), como prevê a Constituição. "Eu fiquei feliz com o Sérgio Cabral ter pedido apoio. Nós não podemos interferir. Ele teve sensibilidade, humildade e competência de pedir o apoio e prontamente atendemos", disse.
Questionado se o governo federal tinha sido negligente na fiscalização das fronteiras, porta de entrada de armamentos, Lula respondeu: "O importante é que estamos trabalhando em conjunto", referindo-se ao governo do Rio.
Ele ressaltou que no seu governo as Forças Armadas passaram a atuar com poder de polícia na vigilância das fronteiras e que fez parcerias com governos vizinhos e está comprando aviões para patrulhamento. "Vamos controlar melhor nossas fronteiras", disse.
Balanço. Trinta e três toneladas de maconha foram apreendidas entre as 8 horas de domingo, 28, início da operação das polícias civis e militares e do Exército contra o crime no Complexo do Alemão, no Rio, até as 10 horas desta terça-feira.
Segundo balanço oficial, foram apreendidas 33 toneladas de maconha, 235 quilos de cocaína e outros 37 quilos de crack, 1.400 frascos de lança perfume e 208 kg de cargas aditivas para cocaína. Também foram recuperadas 135 armas longas, entre fuzis e metralhadoras.
(Colaborou Solange Spigliatti)
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