29 de janeiro de 2012 | 03h04
Com o acesso à área bloqueado, a maioria se contentava em tirar fotografias de longe. A advogada paulista Lídia Stefani, de 52 anos, levou a irmã para visitar o local ontem. Na manhã de quinta-feira, poucas horas depois do desabamento, ela já havia visitado a região. "Só vi uma nuvem de poeira quando cheguei naquele dia. Além disso, o cheiro de gás era muito forte", disse.
Lídia também conta que o número de pessoas que tiravam fotos no dia seguinte à tragédia era tão grande que os curiosos formavam fila na calçada. "A Guarda Municipal pedia que cada pessoa tirasse só uma foto e desse passagem para os outros."
Muitos turistas ficaram decepcionados com a interdição do Theatro Municipal, a poucos metros do local do desabamento. "Infelizmente, vai ficar para a próxima vez", disse a irmã de Lídia, Cláudia Stefani.
Por pouco. A assessora da presidência do Theatro Municipal, Ana Luisa Lima, de 47 anos, pode se considerar uma pessoa de sorte. Ela trabalhava no prédio principal do teatro na quarta, quando o anexo foi danificado após o acidente. Perto do horário do desabamento, às 20h33, Ana Luisa costumava pegar o seu carro, sempre estacionado na Rua Manuel de Carvalho, na frente do anexo. Mas, momentos antes de sair, um estrondo e muita fumaça atraíram a atenção de todos.
"Olhei pela janela. Só tinha fumaça, poeira e fogo. E meu carro tinha desaparecido." Ontem, ela voltou ao local para recuperar o veículo, que virou uma massa de metal retorcido. / B.B.
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