
19 de fevereiro de 2011 | 00h00
Só nos 5,4 mil km de rodovias administradas por 18 concessionárias foram coletadas 17,8 mil toneladas. A maioria registrou aumento no volume. As estradas federais sob concessão produziram 6,1 mil toneladas. A malha administrada por empresas responde por 68% do tráfego .
Nas rodovias a cargo do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), prestadoras de serviço recolheram outras 17,6 mil toneladas. Entre todas as vias, as do Sistema Castelo Branco-Raposo Tavares, que liga São Paulo a Sorocaba, foram campeãs em produção de lixo, com 3.931 toneladas coletadas em 2010. Em segundo lugar, o Sistema Anhanguera-Bandeirantes (São Paulo-Campinas) produziu 3.100. O maior volume de lixo por quilômetro foi registrado em uma rodovia federal: na Fernão Dias, retiraram-se 2,6 mil toneladas em 95 km, média de 27 por km.
Embora nem todas as concessionárias tenham o custo discriminado, o gasto com a coleta e a destinação pode chegar a R$ 30 milhões anuais. O custo é bancado indiretamente pelo usuário, por meio de impostos e tarifas de pedágio. O problema do lixo na rodovia não se restringe à questão ambiental: o material disperso entope os sistemas de drenagem e eleva o risco de acidentes. Pontas de cigarro podem provocar queimadas.
Reciclagem. As concessionárias vêm investindo em campanhas e programas educativos. A Ecopistas adotou a coleta seletiva, com a instalação de coletores coloridos ao longo das vias - ao custo anual de R$ 371 mil - e mantém o projeto de educação Ecoviver em 18 cidades. A Ecovias, que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes, também adotou coletores e realiza o Projeto Casa Limpa, em parceria com a prefeitura de Diadema - que transformou áreas de descarte em espaços de convivência. Já a Via Rondon, que recolheu até máquinas de lavar roupas abandonadas na pista, na altura de Bauru, iniciou uma campanha educativa nas cidades do Oeste paulista.
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