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Linha 4, que abre amanhã, terá tecnologia de ponta

Duas estações, Paulista e Faria Lima, vão operar gratuitamente por 3 semanas

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Por Redação
Atualização:

 

SÃO PAULO - A Linha 4 - Amarela do Metrô, cujas duas primeiras estações - Paulista, na Rua da Consolação, e Faria Lima, no Largo da Batata, em Pinheiros - abrem nesta terça-feira, 24, depois de extensivos testes de software e segurança, será a primeira a operar com várias tecnologias que até agora não existiam no sistema metroviário da capital.

 

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Entre outras novidades, a linha será a primeira a ter em toda sua extensão e em todas as estações as portas de plataforma (com abertura sincronizada com as portas dos trens) e também será a primeira a operar no sistema driveless, com trens sem operador nas cabines. Ainda não está definido se, durante a operação experimental, funcionários do Via Quatro, consórcio operador da linha, estarão nas composições para monitorar a operação.

 

O trajeto inicial será de 4,9 km e será percorrido em aproximadamente 4 minutos, segundo o Via Quatro. Pelo menos até setembro, o horário deverá ser o experimental, das 9h às 15h, fora do pico; por até três semanas, os passageiros poderão fazer o percurso gratuitamente.

 

 

Conheça algumas das tecnologias presentes na Linha 4:

 

Driveless (trens sem condutores): O uso de um sistema de comunicação por meio de links de rádio e antenas ao longo da via, denominado CBTC (Communication-based Train Control) permitirá que as composições conversem entre si e o mapeamento em tempo real da posição exata de cada trem, criando uma "rede" própria da linha. Isso permitirá a operação automatizada e também que o intervalo entre trens seja bem menor que nas demais linhas do Metrô. Ainda fará com que o sistema possa ser operado sem condutor presente nos trens, sendo monitorado remotamente, no Centro de Controle Operacional (CCO) da Vila Sônia. Plenamente operacional, a Linha 4 - Amarela deverá ter um intervalo de 75 segundos entre uma composição e outra.

 

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Portas de plataforma: A Linha 4 será a primeira a adotar as portas em toda a sua extensão. Tais portas já operam em apenas uma estação: a Estação Sacomã, da Linha 2 - Verde.

 

Trens com um único 'salão': Não haverá divisões internas entre os seis carros de cada trem. Os passageiros poderão percorrer livremente as composições para encontrar os locais mais livres para se acomodar.

 

Aparelhos de mudança de via: A Linha 4 disporá de equipamentos de mudança de vias, permitindo a troca dos trens entre os dois sentidos. A novidade é que um deles fica nos baixos da Rua da Consolação, onde haverá um estacionamento de trens que, dependendo da demanda, poderão ser direcionados para as vias mais livres e nos horários de pico.

 

Segurança: Plataformas, estações e trens serão monitorados por câmeras, conectadas ao CCO da Vila Sônia.

 

Alimentação aérea: Novidade nas linhas de Metrô paulistano, a alimentação dos trens é feita por catenária (fios suspensos), como já ocorre nas linhas da CPTM. Esse método permite que os trens possam operar em maiores velocidades.

 

Rede sem fio: A Linha 4 disporá de acesso à internet sem fio (wi-fi), livre, em trens e estações.

 

Arquitetura das estações: As novas estações terão bilheterias blindadas com intercomunicadores, revestimento das paredes em cerâmica branca e inox, novos tipos de bancos e pisos antiderrapantes. Os nomes das estações serão escritos em caracteres maiores. O teto das estações terá placas metálicas, projetadas especialmente para resistir ao deslocamento de ar provocado pelos trens, que entram nas plataformas a 60 km/h. Para minimizar o efeito "claustrofóbico" do Metrô, várias estações terão iluminação natural, revestimentos transparentes e cores claras.

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