
22 de outubro de 2008 | 00h16
Pouco depois de sua prisão na sexta-feira, dia 17, Lindemberg Alves, 22 anos, disse que só atirou na ex-namorada Eloá Cristina Pimentel e em sua amiga Nayara Rodrigues, ambas de 15 anos, depois que a polícia efetuou a invasão do apartamento em Santo André onde mantinha as duas reféns. A declaração aparece em vídeo amador feito após a prisão do rapaz e exibido nesta terça-feira, 21, pelo Jornal da Record. Veja também:Pai de Lindemberg diz que o filho tem que pagar pelo que fezLindemberg ficará isolado 15 dias antes de exame psicológicoCorpo de Eloá é enterrado e 12 mil acompanham a cerimônia'Eu sabia', diz Nayara sobre morte de EloáLeia o depoimento de Nayara após ser libertada por Lindemberg'Eu perdôo Lindemberg', diz mãe de Eloá'Eu lembro que eu dei um na Eloá', diz Lindemberg Lindemberg é transferido para TremembéPolícia Civil investigará ação do Gate 100 horas da tragédia no ABC Saiba como foi o fim do seqüestro Galeria com imagens do seqüestro Todas as notícias sobre o caso Imagens da negociação com Lindemberg Alves I Imagens da negociação com Lindemberg Alves II Especialistas falam sobre o seqüestro no ABC Eloá, 'uma menina falante'; Lindemberg, 'um trabalhador' Seqüestro em Santo André é o mais longo registrado em SP No vídeo, o rapaz, que manteve as duas meninas reféns por cerca de 100 horas na semana passada, aparece nu e com as mãos para trás. Seu rosto está inchado. Ao ser questionado sobre os disparos por um dos homens que está próximo dele, o rapaz responde que atirou depois do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) invadir o apartamento do Conjunto Habitacional do Jardim Santo André, em Santo André, no ABC paulista. Alves afirmou não se lembrar do calibre da munição que usou e negou que a espingarda encontrada no imóvel fosse sua. O material divulgado nesta terça-feira complementa o que já havia sido divulgado pela mesma TV na segunda-feira. Seguem as declarações de Lindemberg veiculadas nesta terça: - Porque a Eloá... a Eloá estava no sofá, né? A Eloá, na hora que eu virei de costas, a primeira coisa que fiz, atirei no sofá. Acho que foi primeiro na Eloá. Na Nayara, eu nem sabia que tinha atirado na Nayara. - (Se atirou) Na polícia, na hora que invadiu? Não. Que eu lembro, não, nenhum tiro, nenhum disparo. - Era emprestada (o revólver usado por ele). - Eu "tava" negociando... aí, se for ver, nós jantamos, porque a gente não tinha comido nada o dia inteiro. Chegou um papel lá para mim, eu li, mas não entendi nada. - Eu deixava as duas com privacidade, até porque eu não tinha nada para ver na minha mina que eu não conhecia. Pô, eu queria passar o máximo de tempo... Eu sabia que ia para a cadeia, aí eu falei: já que eu vou para a cadeia... Só queria que ela ficasse do meu lado. - Tipo assim, ela dormia no quarto... Eu ficava na porta e vigiava ela. Eu dormia no sofá e a Nayara no colchão na sala. - Foi a Eloá (que pediu para Nayara voltar ao cativeiro). Ela falou assim que a amizade delas era grande. - Um eu conhecia e o outro eu tinha certeza que tinha namorada (Ao negar que estivesse com ciúmes dos dois garotos que faziam o trabalho escolar no apartamento de Eloá).
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