
18 de fevereiro de 2011 | 14h28
SÃO PAULO - Os advogados do vereador Ítalo Cardoso, líder da bancada do PT na Câmara Municipal protocolaram na manhã desta sexta-feira, 18, um mandado de segurança contra o prefeito Gilberto Kassab, com pedido de liminar, contra o reajuste da passagem de ônibus na capital, que subiu de R$2,70 para R$3 no dia 5 de janeiro.
O pedido solicita a impugnação da planilha de custos usada pela São Paulo Transportes (SPTrans) para calcular a nova tarifa de ônibus na cidade e, como consequência, pede o cancelamento do último reajuste da passagem.
De acordo com uma nota divulgada pelo PT, "são vários os indícios de que a planilha contém números distorcidos ou inflacionados, com a única finalidade de apresentar um cálculo que permitisse a gestão Kassab aumentar a passagem para R$ 3,00." A bancada do partido na Câmara propõe que a planilha da SPTrans seja submetida a uma auditoria independente para averiguar a consistência dos números apresentados.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), por meio de sua assessoria de imprensa, ainda não confirmou o recebimento do pedido de liminar.
Protesto. Nesta quinta-feira, 17, pelo menos dez pessoas ficaram feridas durante confronto ocorrido ontem entre 400 manifestantes do Movimento Passe Livre, Guarda Civil Metropolitana e Tropa de Choque da Polícia Militar na frente da Prefeitura de São Paulo, no centro. Seis estudantes se acorrentaram nas catracas do hall de entrada da Prefeitura.
O estudante Vinicius Figueira, de 25 anos, foi espancado por PMs e detido. Os vereadores do PT José Américo Dias, Juliana Cardoso e Antonio Donato, que acompanhavam a manifestação, foram atingidos por gás de pimenta. Quatro manifestantes foram alvejados por balas de borracha. A PM disse que dois policiais foram feridos.
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