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Líder do PCC tem nome de policiais da Rota

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Por Redação
Atualização:

As lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) têm nas mãos os nomes dos três policiais que torturaram e mataram Anderson Minhano na ação das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) em 29 de maio, em um estacionamento na Penha, zona leste de São Paulo.Além dos nomes, os líderes do PCC querem também saber onde moram os policiais e as duas testemunhas do caso, um vigilante e um porteiro. Para tentarem encontrar essas informações, os criminosos encomendaram até o trabalho de um hacker.Esses pedidos estavam em uma carta apreendida no início do mês pela direção da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no oeste do Estado de São Paulo. Ela foi escrita por Roberto Soriano, o Betinho Tiriça, na qual ele tentava se comunicar com outro preso. A carta trazia o nome dos três policiais militares da Rota que participaram da tortura e da execução de Minhano na Rodovia Ayrton Senna.Além de Minhano, foram mortos pela Rota outros cinco suspeitos de pertencer ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo a PM, eles planejavam o resgate de um preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) do Belenzinho.Tiriça foi transferido para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) em Presidente Bernardes há duas semanas, depois de a Polícia Civil de Presidente Venceslau concluir que era dele a letra na carta apreendida. Ele é considerado um dos líderes do PCC e o tipo de criminoso que não hesitaria em determinar a morte de algum inimigo.Os PMs estão presos e não há notícia de qualquer ataque contra suas famílias ou contra testemunhas do caso. Os nomes dos PMs na carta traziam os mesmos erros que constavam do BO. Minhano participou dos ataques do PCC em 2006 e era tido como uma das "vozes" da facção fora das penitenciárias. / M.G. e W.C.

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