
09 de julho de 2011 | 00h00
São Paulo vai ter neste fim de semana a maior operação de fiscalização da lei seca já realizada no Estado. A Polícia Militar vai fazer 6 mil bloqueios simultâneos em todo o Estado até amanhã, uma média diária dez vezes maior do que o realizado regularmente.
As operações estavam previstas para começar ontem à noite. Somente na capital paulista, serão 180 pontos a cada dia, quase oito vezes mais do que ocorre nos fins de semana. Normalmente, a PM realiza 24 operações por dia entre quinta e domingo e 12 de segunda a quarta.
As blitze vão empregar cerca de 4 mil policiais militares - 1 mil apenas na capital - e 1.600 viaturas por dia. Os bloqueios serão feitos entre as 17 e as 5 horas.
O comando do policiamento do Estado pretende acabar com a impressão de que as blitze desapareceram das ruas depois de três anos de a lei seca entrar em vigor. No dia 20, reportagem publicada no Estado mostrou que, em um fim de semana, não havia nenhuma blitz em 20 principais vias que dão acesso a bares e restaurantes em diferentes regiões da capital. Motoristas ainda afirmavam não ter visto mais as operações nas ruas.
De acordo com o chefe da divisão operacional do Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran), capitão Paulo Sérgio de Oliveira, a ação é uma continuidade do que já vem sendo feito, mas ele admite que o momento foi levado em conta. "A gente nunca parou de fiscalizar. Mas, quando para de sair na mídia, as pessoas param de prestar atenção", diz. "Essa grande operação é um jeito de mostrar à sociedade que não está arrefecido, que a policia está fiscalizando."
A Polícia Militar espera verificar mais de 120 mil veículos e condutores nesses dias. "Nosso foco é diminuir os índices de mortes no trânsito. Não estamos satisfeitos e sabemos que o fator álcool é preponderante nos acidentes", diz o porta-voz da PM, capitão Sérgio Marques. No ano passado, 1.357 pessoas morreram em acidentes na capital paulista.
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