20 de novembro de 2010 | 00h00
"O laudo não menciona o porquê da sinalização, o inquérito não quis descobrir essa causa", afirmou o delegado responsável pelo caso, Valdir Oliveira Rosa, da Delegacia de Polícia do Metrô. Segundo Rosa, o inquérito foi aberto com o objetivo de apurar se houve crime e quem seria responsável. A falha ocorreu na linha 3-Vermelha. O trem estava entre as Estações Pedro II e Sé.
A suspeita de ação criminosa no tumulto em pleno horário de pico da manhã foi levantada pelo Metrô no mesmo dia da pane. A direção da empresa chegou a afirmar que a blusa havia impedido o fechamento.
Segundo a análise do IC, o trem teria parado entre as estações para aguardar desembarque da composição que ia à frente, que estava na Sé. O delegado afirma que, pelas informações que teve, a porta teria sido pressionada por causa da superlotação, o que de alguma forma fez o sensor indicar que a porta estava aberta. Com o aviso, técnicos do Metrô teriam ido apurar se realmente a porta estaria aberta. Com a demora, que segundo o delgado teria durado 5 minutos, algumas pessoas acionaram o botão de emergência de abertura de portas. Por questão de segurança, a energia teria sido desligada e, em consequência, afetado toda a linha vermelha.
O laudo também concluiu que todos os danos causados em 18 trens se deveram a tentativas de escapar das composições.
A perícia foi feita na composição dois dias depois do incidente. O delegado afirma que não há prejuízos para a análise. "Pedi a análise no outro dia à noite, e os peritos analisaram a composição no dia seguinte."
Cerca de dez pessoas foram ouvidas pela Delpom. O delegado informou que vai tomar o depoimento de mais um gerente de operações do Metrô e aguardar relatórios da companhia para concluir o inquérito. Depois, o processo vai ser levado ao Ministério Público que pode, ou não, pedir o arquivamento. O delegado acredita que o inquérito deve ser arquivado.
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