24 de outubro de 2016 | 12h14
SÃO PAULO - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), classificou como "lamentável" a ação de um grupo de policiais militares flagrados pela Corregedoria praticando crimes de roubo, extorsões e até assassinatos.
Reportagem do "Fantástico", da TV Globo, mostrou gravações de ligações feitas por quatro policiais e grampeados pela Corregedoria em que cobram propina para não prender criminosos e combinam homicídios.
"A própria Polícia Militar investigou, os policiais foram presos e vão ser expulsos da polícia. Infelizmente, nós temos 90 mil policiais militares e acontece esse caso. O que tem que haver é ação de exemplaridade."
O governador destacou ainda que "não há impunidade" e que a Polícia Militar age com "absoluto rigor".
Bala de borracha. Alckmin também voltou a afirmar que vai recorrer da decisão da Justiça que proibiu o uso de balas de borracha em manifestações em todo o Estado de Sao Paulo.
"No mundo inteiro você tem protocolos internacionais. A polícia não usa elastômero, armas não letais, a nao ser em casos muito excepcionais. Não tem um lugar do mundo em que é proibido usar isso. Em São foi ainda mais avançado. Compramos quatro caminhões de Israel. Você procura agora nem utilizar mais (bala de borracha), você usa água."
Alckmin destacou ainda que é preciso ver o "contexto" da decisão, baseada na ação da PM nas manifestações de junho de 2013. "Bom lembrar que tudo isso refere a 2013, quando nós tivemos policial ferido, ônibus queimado, loja depredada, banca destruída, equipamento públicos e privados destruídos. Então é preciso ver a circunstância."
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