Ladrões roubam cálice de movimento católico no Jaraguá

Símbolo da Juventude Masculina de Schoenstatt foi levado no dia 29, assim como 40 imagens da Mãe Peregrina

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Por Rodrigo Burgarelli
Atualização:

Jovens, padres e outros religiosos do Jaraguá estão em busca de seu cálice sagrado. O objeto é um dos principais símbolos da Juventude Masculina do movimento católico Schoenstatt no Brasil e foi roubado na madrugada de 29 de janeiro no Jaraguá, zona norte de São Paulo. Participantes do movimento estão agora espalhando cartazes e fazendo campanha pelo bairro, com o objetivo de sensibilizar os ladrões para que devolvam o cálice de madeira, revestido de metal na parte interior e utilizado desde 2006 nas missas e cerimônias da Juventude Schoenstatt - movimento católico iniciado em 1914 na Alemanha, que ganhou força no Brasil a partir de 1950. "Conquistamos esse cálice quando a Juventude completou 50 anos de existência no País. Sua importância simbólica é enorme", afirma o padre Alexandre Awi Mello.O sumiço do cálice se deu por causa de um descuido de alguns poucos minutos. "Tínhamos acabado de chegar de uma missão religiosa em São Roque. Era 1h30 da manhã e não encontrei a chave da casa de retiro. Então deixei o carro parado na rua, enquanto descarregava a bagagem. Quando entramos na casa, escutamos um barulho de pneu cantando. Furtaram o carro e o cálice estava dentro", relata o padre.O veículo foi encontrado dois dias depois, a poucos quarteirões dali. Segundo a polícia, ele foi usado para pequenos furtos nesse intervalo. Dentro dele, restou apenas uma placa de bronze gravada com a mão do fundador do movimento, o alemão Joseph Kentenich - considerado santo pelos participantes. Além do cálice, sumiram 40 imagens da "Mãe Peregrina", símbolo religioso do movimento, famoso por ser levado mensalmente para casas de famílias pelo País. O curioso é que o cálice já havia sido roubado no mesmo dia do mês, há exatamente cinco anos - 29 de janeiro de 2007, um ano depois de ser fabricado. O furto aconteceu na rodoviária de Buenos Aires e, uma semana depois, o objeto foi encontrado no pé do altar de uma igreja na capital argentina. "Parece que os ladrões argentinos são mais piedosos do que os brasileiros, porque o nosso até agora não se arrependeu", reclama o padre Mello.Criminosos arrombaram a Igreja Matriz de Santo Antônio, em Itacambira, no norte de Minas, e levaram cinco imagens sacras feitas no começo do século 18. Foram levadas as imagens de Santo Antônio, Nossa Senhora dos Passos, São Sebastião, São Gabriel e Santo Agostinho, todas de argila. Elas estariam avaliadas em mais de R$ 1 milhão. / MARCELO PORTELA

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