
22 de setembro de 2009 | 11h33
O prefeito Gilberto Kassab recuou da decisão de cortar 20% da verba destinada à limpeza urbana e vai voltar a pagar R$ 27,5 milhões por mês às empresas de varrição. A decisão foi anunciada nesta terça-feira, 22, dia em que os garis voltaram a trabalhar, depois da paralisação feita na segunda.
Flagrante de lixo acumulado na Marginal do Tietê na altura do Ceagesp. Foto: Hélvio Romero/AE
A paralisação foi um protesto contra a demissão de 568 colegas. Outros 1.300 receberam aviso prévio que vence na quarta. As demissões foram anunciadas depois que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, cortou 20% do orçamento nos serviços de varrição, em agosto. Com o corte, as empresas receberiam R$ 24,5 milhões mensais.
Apesar de ter voltado atrás na decisão, o prefeito nunca admitiu que o corte tenha atrapalhado a varrição na cidade de São Paulo. Na segunda, quando os garis fizeram uma paralisação em protesto pelas demissões no setor, Kassab afirmou que estava disposto a dialogar com os garis e declarou que poderia ser necessário aumentar o valor dos contratos com as cinco empresas que fazem a varrição na cidade.
Questionado se as empresas recebem menos do que deveriam e estariam demitindo os funcionários, o prefeito disse que os contratos já previam um reajuste. "Existe um ajuste de valores em função da queda da nossa arrecadação", explica. Estava previsto para este ano "gastos de R$ 1,150 bilhão. No ano que vem, será de R$ 1,4 bilhão, o gasto com saúde não chegará a ser o triplo usado com limpeza urbana", declarou, em entrevista na Rádio CBN.
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