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Kassab nega relação entre contratos e doações eleitorais

Prefeito acredita que crise na administração municipal não afeta a imagem do governador José Serra

Por Ana Conceição e da Agência Estado
Atualização:

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), tentou nesta segunda-feira, 22, dissociar os contratos da Prefeitura com empreiteiras das doações que recebeu durante a campanha eleitoral de 2008. Questionado sobre as contratações milionárias, Kassab afirmou que as doações não têm relação com os contratos da administração municipal.

 

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"Uma coisa é a administração municipal, outra é a campanha. O governo é sério e pauta suas contratações em licitações transparentes", disse, após inaugurar, na região do Aricanduva, zona leste da capital paulista, o 12º Centro de Referência de Assistência Social (Cras). A vice-prefeita e secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Alda Marco Antonio, que também teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral, acompanhou o prefeito no evento.

 

Eles chegaram ao local 20 minutos antes do horário previsto, participaram de uma breve cerimônia e, depois de meia hora, deixaram o local. Após entrevista coletiva, Kassab tentou demonstrar bom humor e disse que a única coisa que o deixou chateado no fim de semana foi a derrota do São Paulo pelo Palmeiras, por 2 a 0, neste domingo, 21.

 

Na rápida entrevista concedida após a inauguração, Kassab voltou a defender as contas de campanha e disse esperar que o Tribunal Regional Eleitoral (TER) manifeste-se pela aprovação. O advogado do prefeito, Ricardo Penteado, deve entrar com um recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) após a publicação da cassação no "Diário Oficial" do Município, nesta terça, 23.

 

Kassab lembrou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já decidiu favoravelmente em questões similares relacionadas à campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Existe, por parte da Justiça Eleitoral, um posicionamento dizendo que as doações são legais."

 

Serra

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Questionado se mais esse arranhão na imagem da administração municipal poderia afetar uma eventual campanha do governador José Serra (PSDB) à Presidência da República, o afilhado do tucano desconversou. "Serra tem uma folha de serviços prestados no Brasil e tem algo que poucos têm no País, uma biografia extensão e limpa", afirmou Kassab.

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