13 de janeiro de 2012 | 03h02
Os eventos foram autorizados por despacho do prefeito Gilberto Kassab (PSD), publicado ontem no Diário Oficial da Cidade. Desde 2007, por força de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado pela Prefeitura com o Ministério Público Estadual (MPE), a gestão municipal é obrigada a divulgar previamente a programação anual de eventos cívicos, culturais e esportivos agendados para a Paulista com duração prolongada. E definir quais deles precisarão de um esquema especial de trânsito, com bloqueios do fluxo de tráfego no local e no entorno.
A Parada Gay, por exemplo, dura cerca de seis horas e atrai público de cerca de 4 milhões de pessoas, segundo a organização. O réveillon também dura cerca de seis horas e reúne 2 milhões.
As marchas e protestos que passaram pela Paulista no ano passado - como a polêmica Marcha da Maconha - e precisaram de reforço improvisado de marronzinhos para controlar o trânsito e de acompanhamento policial não aparecem na listagem da Prefeitura. No fim do ano passado, as visitas à decoração de Natal do palco suspenso montado na Paulista e dos prédios da avenida também levaram a CET a interromper o trânsito de veículos durante horas. Mas a festa natalina não foi mencionada no despacho.
A Marcha para Jesus, da Igreja Renascer em Cristo, também não está entre as autorizadas. Mas o apóstolo Estevam Hernandes não considera isso um problema. "Não temos mais feito pedidos junto à Prefeitura. Acreditamos que a região não comporta mais o número de pessoas que a Marcha reúne. No ano passado, por exemplo, tivemos mais de 5 milhões de pessoas na Marcha, realizada na nona norte", conta. "Esse é um público muito grande para a região da Paulista. Em 14 de julho deste ano, em acordo com a Prefeitura, vamos realizar novamente a Marcha na zona norte, saindo da Estação Tiradentes e terminando na Praça Campo de Bagatelle." / F.F.
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