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Kassab assina protocolo para construir praça das vítimas do voo da TAM

Acidente com o voo JJ 3054 completa quatro anos neste domingo; previsão é que memorial na Av. Washington Luiz esteja concluído até julho do ano que vem

Por Silvana Mautone - Agência Estado
Atualização:

SÃO PAULO - Neste domingo, 17, dia em que o acidente com o avião A320 da TAM completa quatro anos, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAMJJ3054 (Afavitam), Dario Scott, assinaram um protocolo de intenções para a construção da Praça Memorial 17 de Julho. No acidente, 199 pessoas morreram. A previsão é que o memorial esteja concluído até julho do ano que vem. "Esperamos iniciar as obras até meados de janeiro", afirmou Kassab.

 

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A Praça Memorial 17 de Julho será construída no terreno onde ficava o prédio da TAM, na avenida Washington Luiz, em frente ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A construção foi atingida pelo avião da companhia que vinha de Porto Alegre na noite de 17 de julho de 2007. O prefeito afirmou que, se a Afavitam concordar, a praça poderá ser, no futuro, estendida até a avenida dos Bandeirantes.

 

O projeto prevê que a árvore que sobreviveu ao acidente seja mantida no centro da praça. "Ela representa a vida", afirmou o arquiteto responsável pelo projeto, Marcos Cartum. Segundo ele, em torno da árvore será construído um espelho de água, em cuja mureta constarão os nomes das 199 vítimas. Também serão instalados 199 pontos de luz que iluminarão o local à noite.

 

Nesta manhã foi realizado um ato ecumênico com a presença de cerca de 500 pessoas. Cartazes com as fotos das vítimas da tragédia, a maior da história da aviação brasileira, estão espalhados pelos tapumes que cercam o terreno e em torno do palco da celebração.

 

A construção da praça  custará cerca de R$ 8 milhões, segundo Kassab. "Vamos começar o processo de licitação em agosto para definir o executor do projeto", afirmou. A praça será uma homenagem às 199 vitimas da tragédia ocorrida com um avião A320 da TAM.

 

A previsão é que as obras sejam iniciadas em meados de janeiro e estejam concluídas até julho de 2012. "A cerimônia do próximo ano será realizada na praça-memorial", disse o prefeito. Neste domingo, dia em que a tragédia envolvendo o avião A320 da TAM completou quatro anos, a associação de familiares e a Prefeitura promoveram um ato ecumênico. Houve presença de cerca de 500 pessoas.

 

Também hoje, o prefeito Kassab e o presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAMJJ3054 (Afavitam), Dario Scott, assinaram um protocolo de intenções para a construção de uma praça no local do acidente. O terreno onde ficava o prédio da TAM foi doado à Prefeitura pela companhia aérea a pedido da associação das vítimas. Os terrenos de um posto de gasolina e de outros oito imóveis, que ficavam no mesmo quarteirão, foram desapropriados pela Prefeitura.

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Surpresa. O prefeito disse que há planos de, no futuro, estender a praça até a avenida dos Bandeirantes. "Essa e a principal porta de entrada para a zona Sul da cidade, pela avenida dos Bandeirantes. Do ponto de vista urbanístico, há lógica em ampliar ", afirmou Kassab. Segundo ele, a decisão final será de seu sucessor. Se levado adiante o plano de expansão, outras desapropriações precisarão ocorrer. O prefeito admitiu que o assunto não foi discutido com moradores da região.

 

Scott, da Afavitam JJ3054, disse que o anúncio de Kassab, em relação a uma possível ampliação da praça, "foi uma surpresa". "É importante para a cidade de São Paulo ter mais áreas verdes, mas obviamente há a questão dos moradores do entorno, que devem ser consultados", afirmou.

 

Scott disse que a entidade pleiteia junto à Prefeitura e ao governo do Estado apoio para a criação de uma escola técnica para formar profissionais especializados em segurança de transporte aéreo. "Isso tem tudo a ver com o momento atual, com o crescimento do transporte aéreo", declarou.

 

O acidente. No dia 17 de julho de 2007 o voo JJ 3054 da TAM decolou do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, em direção a São Paulo. O aeronave pousou por volta das 18h40 no aeroporto de Congonhas, na capital, mas não desacelerou durante o percurso da pista, atravessou a avenida Washington Luís e se chocou contra um prédio da própria empresa e pegou fogo. No avião estavam 187 pessoas e, nas proximidades do local do acidente, 12. Todas morreram.

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