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Justiça nega liberdade a motorista que arrastou jovem em SP

Para magistrado que julgou o caso, 'liberdade não se justifica'; família da vítima ficou aliviada com decisão

Por Cláudio Dias
Atualização:

O juiz Silvio Moura Salles, de Araraquara, negou o pedido de liberdade provisória e sem fiança pedida pelo defensor público que representa o pintor de carros Admilson Alves de Oliveira, de 26 anos, acusado de atropelar e arrastar a estudante universitária Flaviana Barbosa, de 27 anos, por quase 1 quilômetro no fim de semana. A defesa alega que o motorista não tem condições financeiras e o juiz se baseia na gravidade do caso e na repercussão do acidente. Oliveira permanece preso na Penitenciária de Araraquara.   Veja também: Família de jovem arrastada não perdoa motorista   No indeferimento, o juiz afirma que "a concessão da liberdade provisória não se justifica, não havendo, ao menos, por hora, elementos para a convicção de que em liberdade o indiciado (o motorista) não dificultaria a aplicação da lei penal." Por fim, no despacho, o juiz cita que "seguramente a natureza do episódio provocou repercussão e clamor social, de modo que a concessão do benefício ao indiciado não transparece razoável."   A decisão deixou a família da estudante aliviada. "Não seria justo. O que ele fez para minha filha foi muito grave", diz a mãe de Flaviana, Elza Barbosa. A jovem permanece em coma induzido e respirando com a ajuda de aparelhos. O pai do motorista, Joaquim Oliveira, 49, já sabia do pedido negado. "Não temos condições, mas vamos tentar arrumar o dinheiro da fiança e tira-lo de lá", avisa.   O professor Sérgio Médici, mestre doutor em Direito Penal, explica que o motorista tem duas chances de sair da prisão: ou paga a fiança de R$ 1.210 ou entra com um habeas corpus no Tribunal de Justiça, em São Paulo.

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