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Justiça manda soltar a mãe de Joaquim

TJ-SP considerou que ela não representa perigo às investigações e precisa cuidar do filho de 4 meses

Por Rene Moreira
Atualização:

FRANCA - Em decisão proferida na tarde desta terça-feira, 10, o Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu um habeas corpus à psicóloga Natália Ponte, mãe do menino Joaquim. Ela está presa há um mês na Cadeia Pública de Franca sob a suspeita de envolvimento na morte do filho ocorrida em Ribeirão Preto no dia 5 do mês passado.

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Quem assina a decisão é o desembargador Péricles Piza, da 1ª Câmara de Direito Criminal. Ele levou em conta que, além de não possuir antecedentes criminais, Natália não representaria perigo às investigações. Somado a isso, precisaria cuidar do filho de quatro meses.

Tanto Natália quanto Guilherme Longo, padrasto de Joaquim, tiveram suas prisões prorrogadas nessa segunda-feira, 9. Longo está em Barretos, onde deve continuar preso.Relembre. Joaquim Ponte Marques, de 5 anos, desapareceu por volta da meia-noite do dia 5 de novembro, após ter sido colocado para dormir em seu quarto em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Ele morava com a mãe, a psicóloga Natália Ponte, de 29 anos, e o padrasto Guilherme Longo, de 28 anos. Na residência, não havia sinais de arrombamento. Em 6 de novembro, o delegado Paulo Henrique Martins de Castro pediu a prisão do casal.

No dia 10 de novembro, o corpo do menino foi encontrado boiando no Rio Pardo, em Barretos, no interior de São Paulo. A necropsia feita pelo Instituto Médico Legal (IML) de Barretos comprovou que Joaquim foi jogado morto no Córrego Tanquinho. Seu pulmão não tinha água, o que descartou a possibilidade da morte por afogamento.

No início de dezembro, a mãe e o padrasto do menino, que negam envolvimento no caso, tiveram a prisão prorrogada pela juíza Isabela Cristina Alonso dos Santos Bezerra, a da 2ª Vara do Júri e das Execuções Criminais de Ribeirão Preto. O delegado responsável pelo caso, Paulo Henrique Martins de Castro, havia protocolado o pedido no dia 5 de dezembro, com a intenção de conseguir mais tempo para concluir o inquérito.

Em 9 de dezembro, o delegado Paulo Henrique Martins de Castro confirmou que o laudo das análises realizadas no Laboratório de Toxicologia da Polícia Civil de São Paulo não detectou a presença de uma dose excessiva de insulina, como chegou a acreditar a polícia.

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