Justiça manda concessionária ampliar geração de energia em SP

Governo afirma que edital obrigava a Duke Energy, controladora de oito usinas hidrelétricas, a expandir sua capacidade

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - O governo de São Paulo obteve nesta quinta-feira, 11, uma decisão judicial que obriga a concessionária de geração de energia elétrica Duke Energy a apresentar em até 60 dias projeto para a expansão da geração de energia, item previsto em edital de privatização do final dos anos 1990.

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Vencedora do leilão de aquisição da Cia. de Geração Elétrica Paranapanema em agosto de 1999, a empresa teria de aumentar sua geração de energia, de acordo com o contrato de concessão, em 323 megawatts novos até setembro de 2007. Depois de o prazo expirar, como o item contratual não foi cumprido, o governo paulista passou a estudar medidas judiciais para fazer valer o disposto na concessão.

Segundo a Secretaria Estadual de Energia, a expansão da rede de geração deveria ter ocorrido por meio da implantação de novas usinas hidrelétricas ou da compra de energia proveniente de outros empreendimentos, mas a Duke Energy alegou que a mudança no marco regulatório do setor elétrico, em 2003, inviabilizou os investimentos.

A decisão judicial, segundo o governo estadual, obriga a Duke Energy a indicar a fonte energética a ser utilizada, a localização dos empreendimentos, o custo, a capacidade de geração e o cronograma para o início das operações.

A reportagem não conseguiu entrar em contato com a concessionária na noite desta sexta-feira. Atualmente, a Duke Energy tem capacidade instalada de 2.307 megawatts, distribuídos por oito usinas hidrelétricas ao longo do Rio Paranapanema, na divisa de São Paulo e Paraná.

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