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Justiça determina prisão de suspeitos de sequestrar sogra de chefe da F-1

Três homens, entre os quais o piloto de helicóptero Jorge Faria, foram presos pelo sequestro de Aparecida Schunck, libertada de cativeiro no último domingo

Por Fabio Leite
Atualização:
Jorge Eurico da Silva Faria foi o terceiro detido acusado de ter participado do crime Foto: JF DIORIO /ESTADÃO

SÃO PAULO - A Justiça de São Paulo determinou nesta terça-feira, 2, a prisão preventiva dos três homens acusados de sequestrar Aparecida Schunck Flosi Palmeira, de 67 anos, sogra do chefe da Fórmula 1, Bernie Ecclestone. Ela foi libertada pela polícia no último domingo após passar nove dias em um cativeiro em Cotia, na Grande São Paulo.

O piloto de helicóptero Jorge Eurico da Silva Faria, apontado pela Polícia Civil como mentor do crime, e Vitor Oliveira Amorim e Davi Vicente Azevedo, contratados por ele para sequestrar a vítima, foram ouvidos nesta terça em audiência de custódia em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.

Acusados dosequestro da sogra de Bernie Ecclestone, Vitor Oliveira Amorim e Davi Vicente, foram presos Foto: Polícia Civil/Divulgação

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Após a sessão, o juiz Fabio Pando de Matos decidiu converter a prisão em flagrante em preventiva por tempo indeterminado. Conhecido como comandante Faria, o piloto trabalhou para Ecclestone em eventos da Fórmula 1 quando o empresário vinha ao Brasil e conhecia bem a família de Fabiana Ecclestone, de 38 anos, filha da vítima e casada com o empresário inglês desde 2012.

Faria foi preso em casa, em um condomínio de luxo na Granja Viana, também em Cotia, às 4h30 da última segunda-feira, 1º, e autuado em flagrante por extorsão mediante sequestro. Segundo a polícia, ele telefonou e recebeu vários telefonemas dos dois homens responsáveis por sequestrar a vítima depois de invadir a casa dela se passando por entregadores de móveis.

A dupla Amorim e Azevedo foi presa na noite de domingo quando o cativeiro onde estava Aparecida foi estourado por policiais da Divisão Antissequestro (DAS). Em depoimento, Amorim afirmou que participou de três reuniões com o piloto durante o sequestro de Aparecida. Em um dos encontros ficou acertado que o piloto pagaria R$ 20 mil para cada um dos bandidos.

Na saída da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, na segunda-feira, Faria negou as acusações à imprensa. “Não tenho nada a ver com isso. Nunca vi esses dois.” Os bandidos pediram inicialmente € 168 milhões de resgate e mandaram seis e-mails para a família exigindo que o dinheiro fosse colocado em sacos divididos em três helicópteros. O valor não foi pago.

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