Justiça adia decisão sobre reintegração de posse em Itaquera

Juiz Celso Maziteli Neto entendeu que seria importante a manifestação do Ministério Público sobre o pedido da empresa proprietária do terreno onde atualmente estão 2,5 mil famílias

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Por Luciano Bottini Filho
Atualização:

A Justiça autorizou nesta terça-feira, 6, a intervenção do Ministério Público sobre um pedido de reintegração de posse na ocupação "Copa do Povo", de  cerca de 2.500 barracos, iniciada no sábado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto,  no Parque do Carmo, zona leste de São Paulo, a cerca de 4 quilômetros da Arena Corinthians.  Com a medida, a Justiça adiou a decisão sobre o pedido da empresa proprietária do terreno para que a área fosse desocupada com apoio de força policial, com urgência. Na segunda-feira, 5, a dona do terreno, controlada pela Viver S.A, pediu a remoção das famílias no imóvel. Como a área é particular, o parecer no Ministério Público não é obrigatório, mas o juiz entedeu que deveria haver a participação do órgão por causa do interesse público na ação. Só depois da manifestação da Promotoria, o juiz Celso Maziteli Neto, da 3ª Vara Cível do Fórum Regional de Itaquera dará uma posição sobre uma eventual liminar (decisão antecipada) para retirar os sem-teto. A ação é dirigida contra o "Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST)" ou "Movimento Copa do Povo". "Não há duvidas que a área foi 'escolhida' em razão da proximidade com o estádio de abertura da Copa do Mundo e para servir de palco político para as demandas dos movimentos que passaram a apoiá-las", sustenta a empresa, no pedido de reintegração de posse.

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