08 de fevereiro de 2017 | 23h06
SÃO PAULO - A Justiça recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual contra os primos Alípio Rogério Belo dos Santos e Ricardo Martins do Nascimento, acusados de agredir e matar o vendedor ambulante Luiz Carlos Ruas no dia 25 de dezembro. A decisão transforma os jovens em réus de uma ação penal em que responderão por homicídio qualificado.
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Santos e Nascimento foram flagrados por câmeras de segurança da Estação Pedro II, da Linha 3-Vermelha, do Metrô, agredindo a socos e pontapés o ambulante desacordado no chão. Para o juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1.ª Vara do Júri da capital, a decisão se justifica “ante a existência de provas de materialidade e indícios da autoria dos delitos a eles imputados, de tudo quanto inferido, sobretudo, dos documentos e acervo testemunhal colhidos pela autoridade policial”. O magistrado marcou audiência de instrução para o dia 17 de abril.
Os acusados foram presos na semana seguinte ao crime, após fugirem para cidades da região metropolitana de São Paulo. Na decisão em que expediu mandado de prisão preventiva contra a dupla, Cintra descreveu a gravidade do crime cometido. Ruas foi atacado após intervir em uma briga que Santos e Nascimento tinham com a transexual em condição de rua Edvaldo Aureliano da Silva.
“Após quebrarem a barraca de doces da vítima, os indiciados perseguiram-na, e já no interior das estação de metrô passaram a desferir socos, chutes e pisotearam sua cabeça, inclusive quando já estava inconsciente e caída no chão. Os indiciados se retiraram do local, mas retornaram, logo em seguida, e reiniciaram as agressões contra a vítima ainda desfalecida, deixando o local sem prestar qualquer auxílio”, descreveu o magistrado, a partir das informações colhidas pela polícia.
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