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Justiça aceita denúncia do MP e decreta prisão de ex-namorado de Mércia

Defesa de Mizael Bispo disse que ele não vai se apresentar; vigia, também acusado, já está preso

Por Elvis Pereira , do Jornal da Tarde e e Gabriel Pinheiro
Atualização:

SÃO PAULO - A Justiça de Guarulhos aceitou nesta terça-feira, 3, a denúncia do Ministério Público (MP) contra o policial aposentado Mizael Bispo e o vigia Evandro Bezerra Silva. Com isso, foi decretada a prisão preventiva dos acusados de matar a advogada Mércia Nakashima, que passaram a ser réus do processo.

 

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A defesa de Mizael afirmou que ele não vai se apresentar. O vigia já está preso. Na denúncia, a promotoria do MP acusa Mizael de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, enquanto Evandro foi acusado homicídio duplamente qualificado - o agravante a mais do policial aposentado é motivo torpe.

 

Em seu despacho, o juiz Leandro Jorge Bittencourt  afirma que ambos "estão envolvidos em crime de extrema gravidade, demonstrando insensibilidade moral e enorme periculosidade."

 

O texto reafirma que Mércia foi atingida por projéteis de arma de fogo e, em seguida, "jogada numa represa, ao que parece, consciente, pronta para a morte, pois, além de gravemente ferida, não sabia nadar. Trata-se de um crime hediondo, premeditado, com requintes de crueldade e extrema frieza em seu cometimento."

 

No despacho, porém, não figura a acusação de ocultação de cadáver, porque "verifica-se que este não encontra suporte probatório para a sua subsistência na denúncia." A promotoria afirma que Mizael já tem um histórico de agressão contra mulheres, e pediu ontem 18 diligências para completar o processo.

 

Segundo a investigação da polícia, a advogada foi morta após deixar a casa da avó, em Guarulhos, no dia 23 de maio. Seu corpo foi encontrado em 11 de junho, em uma represa de Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. A motivação para o crime seria o fim do relacionamento com Mizael, que nega as acusações.

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