
09 de agosto de 2012 | 07h42
O promotor de Justiça Ednaldo Medeiros entrou, na mesma noite, com um pedido para que haja um novo julgamento. "Os dois foram absolvidos porque os jurados não reconheceram a materialidade de que o adolescente recebeu os tiros", afirmou o promotor. Segundo Medeiros, os jurados deveriam ter levado em conta um exame de corpo de delito que indica que o adolescente levou três tiros: no pulmão, no fígado e no diafragma. "Além disso, há imagem clara dos PMs atirando contra o adolescente."
No vídeo, aparecem quatro policiais. Um PM aparece agredindo o adolescente, que estava desarmado. Após ser atingido por um primeiro tiro, o jovem tenta escapar, mas outro policial atira. Mesmo com um terceiro disparo, o adolescente não morreu.
A vítima contou que um dos policiais roubou um cordão de ouro dele. No decorrer do processo, dois PMs foram absolvidos das acusações. Durante o julgamento, o advogado de defesa dos policiais, Glen Wilde, mostrou um vídeo em que os militares aparecem na rua em que ocorreu o crime sendo recebidos a tiros, supostamente disparados pelo adolescente. O Tribunal de Justiça do Amazonas informou que o juiz que presidiu o julgamento, Mauro Antony, tem cinco dias para analisar a petição de novo julgamento e emitir uma decisão.
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