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Júri de Farah Jorge Farah será adiado para maio, diz defesa

Ex-cirurgião, que matou e esquartejou amante em 2003 iria a júri popular nesta segunda-feira, 10

Por Luciano Bottini Filho
Atualização:

SÃO PAULO - O próximo júri de Farah Jorge Farah, o ex-cirurgião que, em janeiro de 2003, matou e esquartejou a amante, Maria do Carmo Alves, deverá ser cancelado, de acordo com a defesa do réu. A sessão está marcada para segunda-feira, 10, e o Tribunal de Justiça paulista ainda não confirma a informação. A nova data do julgamento, segundo a defesa, será em maio, por causa da não localização de algumas testemunhas.

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O pedido de cancelamento foi feito pelos advogados de Farah antes do Carnaval, por causa de um acordo entre defesa e Ministério Público em janeiro de que cada lado teria 8 testemunhas. "A ideia é nem levá-lo (Farah) na segunda", afirmou o defensor Odel Antun.

"O fórum só teve fevereiro para fazer as intimações. O juiz vai instalar a sessão na segunda, apenas para aproveitar as testemunhas que comparecerem para intimá-las da nova data", disse Antun. A defesa diz que o juiz deverá dar o despacho determinando a nova audiência na segunda-feira, segundo o acordo firmado.

O réu aguarda o julgamento em liberdade. Se confirmado o adiamento, esse será a quinta vez que o júri será agendado novamente desde que o primeiro julgamento contra o ex-cirurgião foi anulado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Ele havia sido sentenciado, pela primeira vez, em abril de 2008, a 13 anos de prisão por homicídio e ocultação de cadáver. O processo está em andamento há mais de dez anos.

Desde novembro do ano passado, o réu está livre da acusação de ocultação de cadáver. O juiz Alexandre Andreta dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, decretou extinta a punibilidade para esse crime.

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