Júri de ex-PM acusado de matar jornalista começa nesta terça

Rodrigo Domingues Medina deve ser julgado por sequestrar, assassinar e esconder o corpo de Luciana Montanhana em 2010 

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - O júri do ex-cabo do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), tropa de elite da Polícia Militar, Rodrigo Domingues Medina, deve começar na manhã desta terça-feira, 10, na capital paulista. Ele é acusado de sequestrar, pedir resgate, matar e ocultar o corpo da jornalista Luciana Barreto Montanhana, de 29 anos. O crime aconteceu em novembro de 2010.

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O início do julgamento está previsto para as 9h30, no Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo. Os sete jurados serão escolhidos nesta manhã, afirma o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Em agosto do ano passado, o julgamento chegou a ser adiado após a defesa do réu desistir do caso.

Medina teria confessado o assassinato da jornalista ainda na época do crime. Aos policiais, disse que decidiu estrangular a vítima porque ela não parava de falar. Luciana foi pega saindo de uma academia dentro do Shopping Eldorado, na zona oeste, no dia 11 de novembro. Ela teve as mãos atadas por algemas de plástico. O PM teria alegado que resolveu sequestrá-la porque precisava do dinheiro para pagar dívidas.

Rodrigo Domingues Medina teria confessado o assassinato de Luciana Barreto Montanhana ainda na época do crime Foto: Reprodução

O ex-cabo jogou o corpo da jornalista na Serra do Mar, na altura do km 44 da Rodovia Anchieta. Na mesma noite, ligou para o pai da vítima pedindo R$ 500 mil pelo resgate.

O policial do Gate foi descoberto depois de ter feito cinco ligações de orelhões no centro e na zona norte da capital para a família de Luciana. A polícia, então, passou a monitorar as chamadas telefônicas, conseguindo localizá-lo quando ainda estava em um orelhão.

Medina trocou tiros com três policiais civis e acabou atingido. Por causa desse episódio, o réu também vai responder por tentativa de homicídio e resistência.

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