Júri condena Farah Jorge Farah a 16 anos de prisão

Ex-cirurgião matou e esquartejou paciente em 2003; jurados não aceitaram tese de semi-imputabilidade

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Por Luciano Bottini Filho
Atualização:

O ex-cirurgião Farah Jorge Farah foi condenado a 16 anos de prisão por matar e esquartejar a paciente Maria do Carmo Alves, em 2003, O júri terminou pouco depois da 1h desta quinta-feira, 15. Os jurados descartaram a principal tese da defesa, a hipótese de semi-imputabilidade, ou seja, que o ex-cirurgião estava fora de si no momento do crime e deve ter um desconto na sua pena ou cumprir apenas uma medida de segurança (internação em unidade psiquiátrica).

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Farah recebeu a pena de 12 anos pelo homicídio e dois anos por causa das duas qualificadoras: motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. Assim, sua pena aumentou em comparação aos 13 anos aos quais havia sido condenado em 2008. Aquele julgamento foi anulado porque a defesa do ex-cirurgião alegou que os laudos que comprovavam sua semi-imputabilidade não haviam sido considerados. Agora, com a nova decisão, não será possível anular o júri pelo mesmo motivo.

Na quarta-feira, 14, na parte final do julgamento, Farah falou por cerca de 5 horas. Houve mais uma confissão do acusado, com fortes referências a Deus e aos pais. Com uma bengala no colo, o réu disse calmamente que não tinha lembrança de todos os fatos da morte, alegou que agiu em legítima defesa e não assumiu o esquartejamento. "Eu vou continuar dizendo até que Jesus volte: eu não tenho certeza da ordem dos fatos", afirmou o réu. O promotor André Luiz Bogado Cunha tratou o réu como um dissimulado, "um ator".

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