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Jundiaí cria lei que proíbe teste com animais vivos

Prefeito diz ter estudado o assunto, ouvido cientistas e conhecido os exemplos de cidades na Europa

Por Ricardo Brandt
Atualização:

CAMPINAS - Jundiaí aprovou uma lei municipal que proíbe o uso de animais vivos em testes que causem sofrimento, em laboratórios e no ensino. O prefeito Pedro Bigardi (PCdoB) publicou a medida no Diário Oficial desta sexta-feira, 29.

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"Há uma parte nessa lei dizendo que se houver métodos alternativos, é preciso usá-los", afirmou o prefeito. Ele disse ter estudado o assunto, ouvido cientistas e conhecido os exemplos de cidades na Europa, antes de ter sancionado a lei.

Pelo texto, estão proibidas as práticas experimentais causadoras de sofrimento em animais vivos (vivissecção). O projeto foi proposto pelo vereador e ativista Leandro Palmarini (PV).

"É possível fazer testes e pesquisa sem animais. Cito cinco métodos alternativos, como bonecos, ressonância magnética, fertilização in vitro, nanotecnologia e simulação em computador", afirma o parlamentar.

A lei foi sancionada pelo prefeito depois que ativistas invadiram e depredaram o Instituto Royal, em São Roque, para retirar do local cães, da raça beagle, coelhos, ratos e camundongos que eram usados em testes e pesquisas.

No dia 6, a direção do Royal divulgou nota anunciando o encerramento das atividades por causa das "elevadas e irreparáveis perdas" e "o risco permanente à integridade física e moral de nossos colaboradores".

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