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Juíza determina reintegração de posse de prédio da USP em 24 horas

Caso estudantes não deixem reitoria no prazo, liminar autoriza uso da força 'como medida extrema'

Por William Cardoso e Priscila Trindade
Atualização:

SÃO PAULO - A Justiça concedeu no início da noite desta quinta-feira a liminar determinando a desocupação da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) e a reintegração de posse em um prazo máximo de 24 horas. O edifício foi ocupado na madrugada de quarta-feira por manifestantes contrários à presença da Polícia Militar na Cidade Universitária.

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A decisão foi tomada pela juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9.ª Vara da Fazenda Pública Central, e determina também que a desocupação seja realizada sem violência. Deverá contar ainda com a participação de um representante dos ocupantes e outro da autora, "observando a boa convivência acadêmica, em um clima de paz".

Caso seja ultrapassado o prazo, foi autorizado pela Justiça o uso da força policial. "Como medida extrema, contando com o bom senso das partes e o empenho da melhoria das condições de vida no campus", explicou a juíza.

O pedido de reintegração de posse partiu da comissão permanente de negociação da reitoria. "Espera-se que a situação se resolva sem que sua execução seja necessária", afirmou a comissão em nota.

Invasão. Estudantes invadiram a reitoria depois de votação em assembleia na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) decidir pela desocupação do prédio da faculdade. O local foi invadido na última sexta-feira, quando PMs detiveram três alunos da Geografia flagrados fumando maconha no câmpus.

Cerca de 30 estudantes permaneciam ontem à tarde do lado de fora da reitoria - a maioria cobria o rosto com panos e camisas, mas já sem pedras e paus que usaram na ocupação. Uma assembleia foi marcada para as 20h de hoje, quando deve ser decidido se a ocupação do prédio vai continuar. A principal reivindicação dos estudantes é a saída da polícia da Cidade Universitária.

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