Juíza avisou TJ sobre ameaças, diz família

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Por Bruno Boghossian , Tiago Rogero e Pedro Dantas
Atualização:

RIOO advogado contratado pela família da juíza Patrícia Acioli disse que documentos encontrados no gabinete da magistrada comprovam as ameaças de morte recebidas por ela nos últimos anos. De acordo com o criminalista Técio Lins e Silva, a juíza enviou diversos ofícios ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) para relatar os riscos que corria. Ela foi executada com 21 tiros na noite de quinta-feira em Niterói. "As autoridades sabiam (das ameaças), a polícia sabia e a Divisão de Segurança do Tribunal de Justiça sabia. Tudo foi comunicado pela Patrícia ao longo dos anos", afirmou Lins e Silva. Os papéis foram entregues ontem à Divisão de Homicídios, que investiga o crime. A Corregedoria da Polícia Militar informou ontem que a juíza esteve na corporação uma semana antes de morrer, mas não falou sobre nenhuma ameaça de morte contra ela. O advogado cita depoimento dado pela juíza à Corregedoria da PM e um documento com relatos sobre uma ameaça descoberta em interceptação telefônica da Polícia Federal. Segundo ele, "há ofícios dramáticos em que Patrícia pede providências" para sua segurança. O TJ alega que ela abriu mão da escolta em 2007. Investigadores analisaram ontem imagens das câmeras do Fórum de São Gonçalo, onde Patrícia trabalhava. Dois homens em uma moto teriam esperado o carro dela sair da garagem e então seguido para sua casa.

 

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