17 de agosto de 2011 | 00h00
O advogado contratado pela família da juíza Patrícia Acioli disse que documentos encontrados no gabinete da magistrada comprovam as ameaças de morte recebidas por ela nos últimos anos. De acordo com o criminalista Técio Lins e Silva, a juíza enviou diversos ofícios ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) para relatar os riscos que corria. Ela foi executada com 21 tiros na noite de quinta-feira em Niterói.
"As autoridades sabiam (das ameaças), a polícia sabia e a Divisão de Segurança do Tribunal de Justiça sabia. Tudo foi comunicado pela Patrícia ao longo dos anos", afirmou Lins e Silva. Os papéis foram entregues ontem à Divisão de Homicídios, que investiga o crime. A Corregedoria da Polícia Militar informou ontem que a juíza esteve na corporação uma semana antes de morrer, mas não falou sobre nenhuma ameaça de morte contra ela.
O advogado cita depoimento dado pela juíza à Corregedoria da PM e um documento com relatos sobre uma ameaça descoberta em interceptação telefônica da Polícia Federal. Segundo ele, "há ofícios dramáticos em que Patrícia pede providências" para sua segurança. O TJ alega que ela abriu mão da escolta em 2007.
Investigadores analisaram ontem imagens das câmeras do Fórum de São Gonçalo, onde Patrícia trabalhava. Dois homens em uma moto teriam esperado o carro dela sair da garagem e então seguido para sua casa.
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