Jovem de 25 anos morre após aplicação de silicone nos glúteos em Lorena

Duas pessoas suspeitas de terem feito o procedimento ilegal já foram identificadas e detidas pela Polícia Civil. A suspeita é de que o produto injetado seja silicone industrial

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA – Uma jovem de 25 anos morreu, na noite desta quarta-feira, 24, após receber aplicação de silicone nos glúteos, em Lorena, interior de São Paulo. A suspeita é de que o produto injetado em Dayane Rodrigues da Silva seja silicone industrial, de uso proibido para tratamento estético. A jovem pagou R$ 1,5 mil pela operação, feita em sua própria casa. Duas pessoas suspeitas de terem feito o procedimento ilegal já foram identificadas e detidas pela Polícia Civil, que investiga possível homicídio.

Laudo deve indicar a causa da morte e se a substância aplicada é silicone industrial Foto: Arquivo pessoal/Estadão

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De acordo com a apuração da polícia, Dayane fez contato com dois cabeleireiros de Jacareí que ofereciam o tratamento estético. Ela pagou a passagem de ônibus para que eles se deslocassem até Lorena. Durante o procedimento, a jovem começou a passar mal.

Os dois homens que aplicavam o silicone abandonaram o local. A babá dos filhos de Dayane levou a jovem ao pronto-socorro da Santa Casa de Lorena. Ela foi encaminhada à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas sofreu parada cardiorrespiratória e não resistiu.

O corpo da jovem foi levado para necrópsia no Instituto Médico Legal (IML) de Guaratinguetá. O laudo deve indicar a causa da morte e se a substância aplicada é silicone industrial, produto vetado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para essa finalidade.  O pai da vítima, José Jair da Silva, disse que a filha havia feito outros procedimentos estéticos anteriormente sem ter problemas.

Dayane morava no bairro Cidade Jardim, era viúva e mãe de três filhos pequenos. Os dois suspeitos de homicídio culposo (sem intenção de matar) eram ouvidos, no início da noite desta quinta-feira, na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jacareí. A identidade deles não foi divulgada e ainda não havia informação se ficariam detidos.

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