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Jovem confirma participação em crime na USP, mas responderá em liberdade

Irlan Graciano Santiago se entregou e disse que disparos contra aluno foram feitos por parceiro

Por João Paulo Carvalho
Atualização:

SÃO PAULO - O jovem Irlan Graciano Santiago, de 22 anos, detido na tarde desta quinta-feira, 9, confessou a participação no assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva dentro do campus da Universidade de São Paulo (USP), no dia 18 de maio, mas acabou solto. A revelação foi feita durante a entrevista coletiva realizada na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

 

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Santiago, que se apresentou espontaneamente, foi liberado pela polícia já que a prisão não foi feita em flagrante. O morador da favela de São Remo, localizada atrás da Cidade Universitária, no Butantã, Zona Oeste, afirmou em depoimento que quem atirou em Felipe foi seu parceiro. Santiago disse que não revelaria o nome do autor dos disparos em nome da "ética do crime".

 

De acordo com o delegado Maurício Guimarães Soares, antes de atacar o universitário, a dupla tinha feito refém uma mulher dentro do campus. Segundo ele, uma mulher em um Ecosport escuro foi abordada antes de Paiva. A dupla resolveu não assaltá-la depois de perceber que ela era deficiente, mas pediu que ela dirigisse até eles encontrarem outra vítima. Foi quando avistaram o estudante.

 

Santiago disse que ficou no Ecosport, ao lado da motorista, enquanto o parceiro desceu do veículo. Paiva teria reagido e o comparsa atirou. Os dois, então, fugiram no Ecosport.

 

O jovem foi indiciado por latrocínio e responderá em liberdade. Ao final do inquérito, a polícia pedirá a prisão preventiva de Santiago.

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