26 de janeiro de 2012 | 03h05
Profissionais de veículos da imprensa que acompanhavam na manhã de ontem a manifestação na Praça da Sé, no centro da capital, também foram atacados e intimidados pelos grupos que organizaram o protesto.
Houve pelo menos três agressões a jornalistas de diferentes veículos de comunicação durante a confusão deflagrada após a saída do prefeito Gilberto Kassab (PSD) da Catedral da Sé.
Durante o fim da missa de aniversário da cidade, dois homens usavam chaves para tentar esvaziar pneus dos carros oficiais estacionados na travessa entre a sede do Tribunal de Justiça de São Paulo e a catedral.
A ideia era impedir a saída não só do prefeito Kassab como do vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD).
Ao ser filmado e questionado pela reportagem do Estado, um dos dois homens, que exibia o adesivo do Comitê de Apoio ao Povo do Pinheirinho na camiseta, recusou-se a dizer o que pretendia fazer no pneu de um dos automóveis.
Em seguida, xingou o repórter, ameaçou, deu um tapa na câmera e puxou o braço do jornalista, para impedir que as imagens fossem gravadas. Outros manifestantes cercaram o repórter e as ameaças prosseguiram, até que a confusão foi apartada por moradores da região de Santa Ifigênia.
Violência. Um repórter fotográfico do jornal Folha de S. Paulo também relatou ter levado uma pedrada enquanto registrava o ataque ao carro de Kassab.
Uma equipe da TV Globo, com cinegrafista, auxiliar e uma repórter, foi hostilizada e impedida de registrar a manifestação na região da Sé.
O equipamento da equipe foi danificado, enquanto cerca de 30 manifestantes corriam atrás dos jornalistas, expulsando-os da Praça João Mendes, localizada atrás da catedral. / F.F.
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