Jardins não terá policiamento especial, diz Serra sobre assaltos

Região nobre de São Paulo registrou 18 assaltos à casa em três meses; quatro ocorreram nos últimos dez dias

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Por Carolina Freitas
Atualização:

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse nesta terça-feira, 1, não ter a intenção de reforçar o policiamento nas regiões nobres dos Jardins e de Pinheiros, na capital, às custas de outros bairros. Apenas nos últimos dez dias, a Polícia Militar (PM) registrou quatro assaltos a residências nas zonas de alto padrão de São Paulo. Entre as casas invadidas, estavam a de dois secretários da gestão estadual: o titular da Saúde, Luiz Barradas Barata, e do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos.

 

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"Eu fico preocupado com a segurança tanto das pessoas mais humildes, das periferias, quanto das autoridades do governo", disse o governador, após inaugurar uma Escola Técnica Estadual (Etec) em Cidade Tiradentes, extremo leste da cidade. "Não vamos reforçar policiamento em um lugar e tirar de outro. Vamos reforçar em todo canto."

 

Questionado sobre a necessidade de uma atuação de emergência nos Jardins por conta dos assaltos, Serra respondeu: "Vejo a necessidade de mais ações específicas em todo o canto de nosso Estado." De acordo com a associação de moradores do bairro, a AME Jardins, a PM se comprometeu a reforçar o patrulhamento com rondas da Força Tática, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e de motociclistas.

 

Interpelado sobre a possível repetição de excessos por parte de policiais da Rota, o governador descartou problemas. "(A Rota fazer um reforço no policiamento) não significa a volta da arbitrariedade. Não se pode queimar um instrumento pelo uso pervertido que se fez dele."

 

Anomalia

 

Serra tratou do caso de dois fiscais da lei antifumo agredidos no final de semana em Araraquara (SP) como um fato isolado, uma "anomalia". "Essa é a primeira vez dentro de todo esse processo. Tem louco para tudo. Esse sujeito (o agressor) não está em seu equilíbrio", afirmou.

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