PUBLICIDADE

Jardim da Luz passará por reforma no 2º semestre

Restauração será feita no aquário, na Ilha dos Amores e no Lago de Diana; ideia é incentivar visitas educativas

Por Tiago Dantas e JORNAL DA TARDE
Atualização:

Mais antigo parque público de São Paulo, o Jardim da Luz, no centro, será reformado no segundo semestre. A Prefeitura pretende restaurar o conjunto formado pelo aquário, a Ilha dos Amores e o Lago de Diana. A ideia é que o local receba espécies nativas dos Rios Tietê e Paraíba do Sul, transformando-se em ponto de visitas educativas.Atualmente, a calçada que conduz o visitante à entrada do aquário, que é subterrâneo, apresenta rachaduras. Técnicos da Prefeitura encontraram vazamentos também no corredor interno, onde ficam as janelas que permitem ver os peixes. Na terça-feira, quando a reportagem esteve no parque, as lâmpadas do túnel estavam apagadas.A última reforma havia sido feita em 2000, com o objetivo de retomar características do espaço no fim do século 19 e recuperá-lo do estado de degradação. A estrutura foi projetada pelo engenheiro e paisagista francês Auguste François Marie Glaziou, trazido ao Brasil em 1858, a convite do imperador d. Pedro II.O projeto, elaborado pela SPUrbanismo, prevê o restauro das canaletas, dos canteiros e do piso de mosaico, além da reforma da escultura de Diana e a impermeabilização do tanque onde ficam os peixes. As demais esculturas expostas no parque, algumas do acervo da Pinacoteca do Estado, estão em bom estado de conservação, segundo o engenheiro Walter Ramos, coordenador do site Monumentos de São Paulo. "O parque tem um acervo riquíssimo e não há vandalismo lá dentro", diz Ramos, citando obras de Victor Brecheret, Lasar Segall e Nuno Ramos. Frequentadores concordam que o Jardim da Luz está limpo e com a grama cortada corretamente, mas se queixam da presença de prostitutas.Criado para ser uma espécie de Jardim Botânico em um terreno cortado por uma antiga tribo indígena, o caminho do Guaré, o local foi transformado em jardim público em 1825.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.