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Janeiro deve fechar como o mês mais quente desde 1943

Hoje foi o dia mais seco do ano: umidade relativa do ar chegou a 14%

Por Guilherme Soares Dias
Atualização:

Os dias de calor em janeiro nunca foram tão quentes em São Paulo quanto em 2014. A temperatura média na capital paulista até hoje é de 31,7 graus, a maior desde 1943, quando começou a série histórica medida pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A temperatura deste mês é ainda 4 graus maior do que a média histórica para o primeiro mês do ano. Hoje, a temperatura chegou aos 33,9 graus no mirante de Santana, na zona norte. A maior temperatura do ano foi registrada em 3 de janeiro, quando atingiu 35,4 graus. Esse janeiro de 2014 também concorre para ser o mês mais quente da série história. Até o momento a maior temperatura foi registrada em fevereiro de 1984: 31,8 graus. "Como os próximos dois dias devem ser quentes, pode igualar ou até ultrapassar esse patamar", diz o meteorologista do Inmet, Franco Vilela. As altas temperaturas são explicadas, segundo ele, pela sistema de pressão que impede a chegada de frentes frias da região Sul e de ventos amazônicos. "Esses fenômenos trazem chuva e aliviam a temperatura", diz.

Hoje, os termômetros da região do Butantã, na região oeste, registraram a maior temperatura na cidade: 35,5 graus, de acordo com dados do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo. No bairro da Consolação, na região central, chegou a 35 graus. Em Congonhas, na região sul, os termômetros marcaram 34 graus e em Guarulhos, 33. Umidade do ar. A tarde de hoje foi a mais seca do ano, segundo o Inmet, chegando a 14%. "É uma situação de alerta. Amanhã teremos um novo dia quente, com temperatura em 33 graus e umidade do ar entre 20% e 30%", diz o meteorologista da Climatempo, Marcelo Pinheiro. De acordo com ele, na sexta-feira e no fim de semana há possibilidade de chuvas rápidas, mas as temperaturas continuam altas. "As pancadas de chuva não serão significativas para abastecer os reservatórios que estão vazios", afirma.

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