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Itamaraty diz que governo está atento ao problema

Por Vannildo Mendes e BRASÍLIA
Atualização:

O Itamaraty informou ontem que o governo brasileiro está atento a falta de respeito, xenofobia ou discriminação contra cidadãos brasileiros no exterior e adotará o princípio da reciprocidade sempre que ocorrer esse tipo de situação, caso não prevaleça o entendimento bilateral. Quanto ao elevado número de brasileiros barrados em países europeus, o órgão aponta algumas explicações. A primeira é a facilidade de entrada na Europa, que não exige visto de brasileiros, ao contrário do que ocorre com cidadãos africanos e de países populosos, como China e Índia. Outro fator é o endurecimento na política de proteção de empregos domésticos adotado pelos países europeus desde 2006, com o surgimento da crise econômica, exacerbada em 2007 e 2008. Nesses três anos, explodiu o número de estrangeiros recusados no continente, entre os quais muitos brasileiros. Há ainda, segundo o Itamaraty, uma nova explicação: o aquecimento econômico e o aumento de renda no Brasil, que permitiram a um maior número de brasileiros viajar para o exterior. Esses dois fatores contribuem para aumentar a estatística das pessoas recusadas.O órgão lembra que aceitar ou não um visitante estrangeiro é prerrogativa discricionária de cada país. Os critérios podem ser subjetivos e às vezes dão margem a exageros, discriminações e até xenofobia. Rusga diplomática. Por causa de excessos e subjetividade na recusa de brasileiros, o Brasil e a Espanha tiveram uma rusga diplomática em 2008, ano em que milhares de pessoas - incluindo cientistas e acadêmicos - foram rejeitados nos aeroportos daquele país e mandados de volta sem explicações. A situação foi contornada por negociações entre os dois governos, mas no ano passado e neste ano ainda continua elevado o número de brasileiros rejeitados. Visto. Já para os Estados Unidos, a Ásia e outras partes do mundo, é exigido o visto de entrada de brasileiros, que tem de ser obtido antes da saída do País.Acordo de SchengenBrasileiros não precisam de visto para entrar na Europa porque o País é um dos favorecidos pelo Acordo de Schengen, um tratado de livre circulação de pessoas, celebrado com a União Europeia.

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