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''Isso tem de ser aberto logo'', reclama vizinha

Por Renato Machado e Rodrigo Burgarelli
Atualização:

A faxineira Lourdes Sabina Costellini, de 66 anos, é só elogios ao Rodoanel. Desde que a obra começou a poucos metros da sua casa, em Parelheiros, extremo sul de São Paulo, dona Lourdes comemorou a chegada dos operários - que tomaram vários cafés na sua casa - e o atual movimento de carros e caminhões. "Aqui sempre foi parado, até demais", brinca. É por isso que ela não vê a hora de o Parque Jaceguava ser inaugurado. Sua entrada vai ficar a cerca de 50 metros de onde Lourdes mora e as obras civis da guarita e da sede administrativa já estão em construção. A obra deve durar quatro meses, mas pendências judiciais na desapropriação - ainda faltam 24% da área - tornam incerta a data de entrega. E a faxineira só pensa no movimento dos visitantes do futuro parque nos fins de semana. "Isso tem de ser aberto logo."Apesar de concebido como uma área de conservação, moradores contaram que o Jaceguava incorporou uma antiga fazenda de eucaliptos, cujo dono é morador do Morumbi, bairro nobre da cidade - por ali, é comum haver casas de campo luxuosas de paulistanos endinheirados. Segundo os operários, funcionários da Prefeitura já estão fazendo trabalhos de reflorestamento e readequando a vegetação no local. A reportagem também viu matas de eucalipto próximas ao contorno dos futuros Parques Varginha e Itaim.

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