28 de fevereiro de 2017 | 23h59
SÃO PAULO - É carnaval para trazer pai, mãe, filha, avó, sobrinho e até o cachorro. Com uma pegada irreverente e em clima de festa em família, o Bloco dos Invertidos reuniu centenas de moradores da Vila Mariana, na zona sul da capital, nesta terça-feira, 28, atrás de um trio elétrico animado por músicas para todos os gostos.
Como o próprio nome deixa entender, a ideia do bloquinho - que embora não seja exatamente nova no carnaval, não deixa de garantir boas risadas - é que os homens se vistam de mulher; e as mulheres, de homem. A fantasia, claro, não era obrigatória, mas muito garoto se aventurou a desfilar de vestido e seios postiços, enquanto as meninas apostaram em bigodes falsos, bonés e roupas de jogador.
Ainda assim, quem deu um toque especial para a folia foram mesmo os cachorros de estimação. De coleira e adereços de carnaval, pelo menoS uma dezena de bichinhos acompanharam a folia, de pequinês a pastor alemão.
Usando um colar havaiano, o pastor Felipão fazia sucesso com a criançada, que pedia para alisar e tirar selfie com ele. "É o primeiro carnaval dele", contou a dona, Márcia Lemes, que também levou para o bloco a mãe, Maria Helena, de 77 anos, todos moradores da região. "Acho que o Felipão está gostando", riu.
De maquiagemde oncinha, a pequena Ana Júlia, de 3 anos, também estava toda animada ao lado da avó e do pai. "A festa é boa demias. A gente pode trazer as criancas porque aabe que não vai ter problema", disse o papai Hugo Justo, de 25 anos.
A concentração do Invertidos começou às 15h, na Rua Ouvidor Peleja. O repertório era eclético, com Anitta, Banda Eva, Tim Maia e Caetano Veloso. Samba, Axé, Funk: tocou de tudo. Atrás do trio, a organização usou sinalizadores amarelos para colorir a festa (e forçou alguns foliões a cobrir o nariz com a camisa para não engolir fumaça).
Com véu de noiva, o analista Bruno Guilherme, de 29 anos, ficou acompanhado da namorada, Rafaela Silveira, de 27, de bermuda e boné. "Ela me pediu em casamento, por isso vim assim", brincou. "É, fui correr atrás dele para ver se casava, aí...", respondeu Rafaela, apontando para a perna. Ela usava uma bota ortopédica, mas não deixou a folia.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.