SÃO PAULO - O prefeito Fernando Haddad (PT) subiu o tom das críticas contra a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e seu presidente, Paulo Skaf. Ele classificou como demagogia a ação que barrou o aumento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) na capital paulista. "Não é por ser candidato a qualquer coisa que você pode fazer demagogia", disse. Em entrevista à Rádio Estadão, Skaf disse que o prefeito tem que "explicar as contas públicas". "Porque o orçamento aprovado pela Câmara de Vereadores para o ano que vem é de R$ 50,5 bilhões e no entanto ele (Haddad) faz questão de querer penalizar todos os paulistanos para arrecadar mais R$ 800 milhões", afirmou o presidente do Fiesp. "O que ele vai fazer com essa mina de diamante?"
Segundo ele, a ação da Fiesp pelo fim da CPMF foi um desastre para a saúde pública e o prejuízo para a sociedade pode se repetir. "Esse precedente vai valer para todos os prefeitos do Brasil. Daqui a pouco ninguém mais vai conseguir atualizar a planta genérica porque a Fisp não quer", afirmou. "A sociedade comemorou o fim do imposto do cheque", disse Skaf à Rádio Estadão.
Haddad também questionou o motivo de a Fiesp nunca ter tentado barrar o reajuste na gestão de outros prefeitos. "Por que em 2009 ele não entrou com ação?", perguntou. À Rádio Estadão, Skaf respondeu que, desta vez, a atualização da planta genérica foi alterada em quatro anos e citou também os preços elevados dos imóveis atualmente. "A sociedade não quer mais imposto, quer qualiadde no serviço público."