
16 de janeiro de 2012 | 05h44
Sócio de uma padaria sofisticada na Rua Guaicurus, o empresário Fábio Alonso, de 34 anos, afirma que o movimento para o almoço no estabelecimento caiu pela metade desde a interdição. “Nós temos muitos clientes que trabalham na região da Avenida Santa Marina e que vêm almoçar de carro. Com esse trânsito todo, acabam não se animando para vir.”
Alonso se refere ao excesso de veículos na Rua Guaicurus.O trânsito aumentou ali depois do fechamento do viaduto. Na tarde de sexta-feira, a reportagem viu um agente da CET direcionando veículos para a faixa preferencial de ônibus que existe naquela rua. O
objetivo era aumentar a fluidez.
“É um absurdo, porque o transporte coletivo também acaba sendo penalizado pelo trânsito pesado”, afirma o engenheiro de tráfego Horácio Augusto Figueira.
Já o bloqueio em si tem afetado os clientes de uma área de aluguel de quadras de futebol society na Avenida Nicolas Boer. “Tivemos que notificá-los que o percurso mudou. Já informamos mais de 50 pessoas sobre as alterações”, afirma Jaqueline Pestana, de 25 anos, que gerencia o comércio.
Segundo ela, no primeiro dia da interdição, um dos jogos programados teve que ser cancelado. “Ninguém conseguiu chegar.”
Apesar de o viaduto estar fechado para carros, motos, ônibus e caminhões, muitas pessoas ainda o utilizam a pé. O eletricista Fernando Ribeiro, de 29 anos, é uma delas. “Acho perigoso demais ter escola de samba embaixo de viaduto, é uma bomba. Agora, estou tendo que vir trabalhar a pé por causa do trânsito nas ruas por aqui.”
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