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Instituto reúne peças com milhares de anos de história

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Por Redação
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Ao longo de seus mais de 50 anos, o Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB) ajudou a fundar as bases dessa ciência no Brasil e contribuiu para descobertas importantes no País. Sua sede, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, abriga um museu com exposição permanente dos principais itens de seu acervo. Há peças de cerâmica da ocupação amazônica, considerada a mais antiga do País, com 8 mil anos. Alguns achados do Arco Metropolitano, como um relógio de sol do século 19 e exemplares de stoneware, espécie de louça do século 16, integram a mostra. Mas o principal item, também exposto e aberto à visitação gratuita, é Acauã - uma múmia de 4 mil anos. Acauã é uma menina com idade aparente de 10 anos, da tradição Una, grupo humano pré-histórico que habitou a região amazônica e se expandiu pelo Sudeste do País. O esqueleto foi encontrado em Unaí, Minas Gerais, na divisa com o Estado de Goiás. Segundo a técnica Letícia Sampaio, há indícios de que a criança detinha posição de destaque na comunidade, já que foram encontrados com ela diversos artefatos - como adornos nos braços e um conjunto de arco e flecha. Ao lado do corpo, havia também o esqueleto de um macaco. À época, era comum mortos serem enterrados com seus pertences. Acredita-se que o animal fosse o bicho de estimação da jovem.Capão do Bispo. Além da sede em Belford Roxo, o IAB ocupou por quase quatro décadas uma casa colonial em Del Castilho, zona norte do Rio, onde funcionou um centro de estudos. Conhecida como Capão do Bispo, a construção do século 18 é o que sobrou da sesmaria doada por Estácio de Sá aos jesuítas no século 16. O imóvel foi um dos primeiros tombamentos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Com área de 6 mil m², havia sido cedido ao IAB em 1974. Hoje, a casa está sob responsabilidade da Secretaria de Estado da Cultura, que quer restaurá-la para instalar um centro cultural. / H.A.S.

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