
23 Setembro 2012 | 03h02
O imóvel era a réplica de um castelo medieval francês, com seus vitrais pintados por renomados artistas da época e tapetes indianos. Uma escadaria de mármore subia para o primeiro andar. Um dos casais mais ricos da capital, também dono do Cine Teatro Broadway, na Avenida São João, os Guimarães dos Reis costumavam dar grandes festas para a alta sociedade paulistana.
Em abril de 1934, Virgílio morreu. Três anos depois, em 21 de maio, os dois filhos do casal, Armando, de 43 anos, e Álvaro, de 45, discutiam no castelo o destino da herança da família. Dizia-se que Álvaro queria transformar o Cine Teatro em um rinque de patinação, mas Armando era contra. Na briga, Álvaro teria atirado por acidente na mãe, que morreu. Em seguida, segundo a polícia, matou o irmão e cometeu suicídio.
Logo após o crime, o imóvel foi fechado. Hoje o Castelo da Rua Apa está sob administração da ONG Clube das Mães do Brasil. Tombado em 2004, o imóvel teve uma reforma de R$ 5 milhões autorizada em 2011 pela Prefeitura. / DIEGO ZANCHETTA
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