Infraero recua e diz que só fará nova torre no Campo de Marte

Ampliação do terminal aéreo em São Paulo, segundo nota, será reavaliada pela estatal e Ministério da Defesa

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Por Redação
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Depois de apresentar na terça-feira planos de expansão e melhorias para o Aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, quinto em operações no País, a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) recuou na quinta-feira. Em nota oficial, distribuída no começo da noite, a estatal, administradora dos aeroportos do País, informou que, por decisão do ministro da Defesa, Nelson Jobim, está mantida apenas a construção da nova torre de controle.   Veja também: Movimento no Campo de Marte cresce 30% após crise aérea Confira imagens da história do aeroporto      A obra, estimada em R$ 16 milhões, já estava prevista no Programa Geral de Obras e Serviços de Engenharia (PGOSE), da Infraero, com o objetivo de aperfeiçoar a segurança de vôo no terminal. Quanto às demais melhorias, diz a nota, "serão reavaliadas pela Infraero e Ministério da Defesa". Procurados pela reportagem, representantes dos dois órgãos não foram localizados para explicar o porquê da decisão.   O estadao.com.br publicou na quarta-feira que o Campo de Marte passaria por obras que, quando concluídas, aumentariam os pousos e decolagens em até 9%. Na ocasião, o superintendente da Infraero, Alex Barroso Júnior, chegou a cogitar a ampliação do aeroporto daqui a cinco anos. Estava prevista a construção, no próximo ano, de um empreendimento comercial para os passageiros - com centro de convenções, lojas, restaurantes, empresas de táxi aéreo, consultórios e escritórios.   A expectativa, na terça-feira, era de que até dezembro fosse feita a licitação. Outro projeto era o de ampliação na largura da pista, estimada então em R$ 60 milhões. A construção da torre de controle, mantida, segundo a nota, deve ser concluída em 2011, e aumentará a visibilidade para até 90%.   Na quarta-feira, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) criticou o projeto da Infraero de ampliação do Campo de Marte. "Ele está dentro da cidade, as pessoas moram no seu entorno e, portanto, a sua instalação precisa ser muito bem discutida com a sociedade. Temos problemas no Aeroporto de Congonhas, não queremos um problema a mais na cidade de São Paulo", disse.

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