12 de fevereiro de 2014 | 02h06
A morte de um jornalista, depredações do patrimônio público e privado, ônibus queimados, abusos das polícias despreparadas, crimes das milícias e pânico da população - tudo está dando sinais de que, aos poucos, em diferentes esferas da vida social e política, o conflito legítimo de sociedades complexas como a nossa está sendo tratado como se a única solução fosse o uso da força, da violência e do desprezo pela lei. Não digam, por favor, que governos de esquerda ou seus opostos estão sabendo o que fazer nem que os partidos de qualquer orientação estão sendo capazes de tirar a população da sua perplexidade.
Rostos cobertos em manifestações são sinal de reconhecimento de que se quer praticar atos ilegais, anti-humanos, da mesma forma que a prática da corrupção política mostra o desprezo pelas necessidades do povo e por regras de competição eleitoral equânime. Ambos são crimes contra a democracia. Mesmo sem exagerar o diagnóstico, o que está ocorrendo no Brasil contemporâneo assusta. O que têm a dizer os líderes da situação e da oposição sobre as incertezas do momento?
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