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Incêndio já destruiu 1,5 mil hectares de campos e matas na Serra da Bocaina

A prefeitura de Bananal, no Vale do Paraíba, decretou estado de emergência em razão do fogo que se alastra há seis dias e ameaça atingir casas em fazendas da região

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:
Voluntáriodando combate ao incêndio ao Parque Nacional da Serra da Bocaina, entre São Josédo Barreiro e Bananal, na divisa de São Pauo eRio de Janeiro Foto: Prefeitura de Bananal

SOROCABA – A prefeitura de Bananal, no Vale do Paraíba, decretou estado de emergência em razão do incêndio que já destruiu 1,5 mil hectares de campos e matas na Serra da Bocaina, na divisa entre São Paulo e Rio de Janeiro. O fogo se alastra há seis dias e ameaça atingir casas em fazendas da região. O decreto, publicado neste sábado (23), permite que a prefeitura mobilize recursos e requisite equipamentos, máquinas e água das fazendas para enfrentar as chamas. Neste domingo (24), foi criado um posto de comando central para coordenar o combate, já que o incêndio se propaga em várias frentes de fogo.

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As chamas destruíram cerca de 700 hectares de matas no interior do Parque Nacional da Serra da Bocaina, unidade de conservação administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O fogo se aproxima também da Estação Ecológica do Bananal, reserva mantida pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado deo São Paulo. Ao menos 60 homens, entre bombeiros, voluntários, funcionários do ICMBio e de prefeituras atuam no combate às chamas. Dois helicópteros foram mobilizados para lançar água nas frentes de fogo. À tarde deste domingo, o vento forte dificultava as ações de combate.

De acordo com a prefeitura de Bananal, o incêndio já queimou áreas de vegetação fechada, que são relevantes do ponto de vista ambiental. Muitos pássaros e animais foram encontrados carbonizados nas áreas atingidas. As chamas avançaram também em áreas florestais de São José do Barreiro. Proprietários de fazendas transferiram o gado para terrenos de menor risco. As casas de moradores estão sendo monitoradas, mas até a tarde não tinha sido necessário remover as famílias.

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