21 de setembro de 2012 | 03h05
Um incêndio na madrugada de ontem no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Professor André Teixeira Lima, em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, destinado a presos portadores de deficiência mental aguda, provocou a morte do detento José Moisés da Silva, de 53 anos. A polícia investiga o que causou o fogo, que teve início no telhado de uma ala onde ficam os dormitórios e a rouparia.
O setor onde aconteceu o incêndio abrigava 46 presos. Além de Silva, outros três detentos ficaram feridos por causa do fogo - dois receberam alta médico e um ficou em observação durante o dia.
Segundo informou a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), as causas do incêndio ainda estão sendo apuradas pela Polícia Civil. Não se sabe se o fogo teve causa criminosa ou acidental.
A capacidade total do hospital psiquiátrico público é para 510 homens e 80 mulheres. Atualmente, ele abriga 504 homens e 78 mulheres.
'Fatalidade'. O secretário Lourival Gomes esteve no local e disse que o incêndio foi uma "fatalidade". Ele ressaltou que está em curso uma reforma em todos os pavilhões habitacionais da unidade de Franco da Rocha.
Segundo a SAP, aparentemente Silva morreu asfixiado, e não carbonizado pelo fogo. Ele foi preso em 2006 por ter matado o filho e ainda tentado assassinar a filha.
Ainda de acordo com a Administração Penitenciária, uma avaliação médica realizada em agosto de 2011 concluiu que ele não poderia ser libertado, "tendo em vista a periculosidade presente e a necessidade de continuar sendo submetido a tratamento psiquiátrico". A família dele, que vive na cidade de Euclides da Cunha Paulista, foi avisada pelos agentes do Estado.
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