PUBLICIDADE

Incêndio atinge Teatro Augusta e é controlado pelos bombeiros

Fogo foi controlado no fim da manhã e ninguém ficou ferido; uma faixa da Rua Augusta é interditada

Por Solange Spigliatti
Atualização:

Um incêndio atingiu o Teatro Augusta, na Rua Augusta, no fim da manhã desta sexta-feira, 10. Quatro equipes do Corpo de Bombeiros foram para o local. O fogo, de médias proporções, foi controlado rapidamente e ninguém ficou ferido. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), uma faixa de rolamento da rua está interditada. Veja também: Os estragos do incêndio no Cultura Artística  Todas as notícias sobre o fogo no Cultura Artística    No dia 17 de agosto, um incêndio destruiu o Teatro Cultura Artística, também na região central de São Paulo. O estado de conservação do teatro criou as condições favoráveis para a propagação do incêndio, segundo conclusões do laudo pericial do Instituto de Criminalística (IC). O documento do IC também descarta que a tragédia possa ter sido causada somente por um curto-circuito e não aponta indícios de uma ação criminosa, embora essa última suposição ainda possa ser investigada pela polícia. O fogo teria começado na região do palco da Sala Esther Mesquita, a maior do Cultura Artística, com capacidade para 1.156 pessoas - a investigação da polícia apontou que as chamas se propagaram primeiramente pelo lado esquerdo do palco. Uma das principais hipóteses para o início do incêndio seria um fenômeno termoelétrico, que pode ser provocado por um superaquecimento do sistema de iluminação ou da própria fiação elétrica. Também não está descartada a suposição de uma causa externa de combustão, como um fósforo ou um cigarro jogado ainda aceso. Mesmo sem chegar a uma conclusão final, os peritos apontam que, se não fosse o estado de conservação do Cultura Artística, o fogo não teria tomado as proporções de tragédia. O IC usou como referência dezenas de fotos tiradas no dia 29 de maio por um arquiteto do curso de especialização da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Nelas, é possível ver fios expostos no palco da Sala Esther Mesquita, ferrugem nas soldas da caixa de disjuntores, infiltrações, concreto desgastado nas paredes e muita madeira deteriorada. Tais imagens foram anexadas ao inquérito e enviadas ao IC. Segundo os peritos, o sistema de iluminação pode ter superaquecido ou os próprios fios poderiam estar sobrecarregando o sistema elétrico. Como havia uma grande quantidade de pano, madeira e pó - componentes altamente inflamáveis - o fogo se propagou mais facilmente. O IC ainda afirma que, como o Cultura Artística não contava com equipamentos de combate a incêndio mais modernos (como sprinklers, pequenos chuveiros automáticos), o fogo não pôde ser contido. Texto ampliado às 13h37 para acréscimo de informações.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.