
25 de março de 2012 | 03h03
Na sexta-feira, o Estado revelou que o Ministério Público acusou os diretores das empreiteiras de fraude e formação de cartel, com objetivo de combinar os resultados da licitação que escolheu quem construiria seis dos oito trechos da ampliação da linha. O governador defendeu "punição exemplar", caso seja constatada culpa dos investigados, e ressaltou a importância da Linha 5. "É muito importante para a logística de transporte da cidade", afirmou. Hoje, a linha vai do Capão Redondo até o Largo 13 de Maio. A previsão é de que até 2015 chegue à Estação Chácara Klabin da Linha 2-Verde.
"A denúncia refere-se exclusivamente aos diretores das empreiteiras. O governo do Estado tem uma posição muito clara de colaborar com as investigações, tudo tem de ser investigado, mas entendo que as obras devem continuar. E não só nós: 25 desembargadores, por unanimidade, disseram que as obras têm de continuar", disse o presidente do Metrô, Sérgio Avelleda. Ele ressaltou que, caso sejam comprovadas as denúncias, é possível reaver o valor investido.
Promotor. O promotor Marcelo Batlouni Mendroni disse que não encontrou indícios de participação de funcionários do Metrô no esquema. A Justiça Estadual deve levar pelo menos um mês para decidir se aceita a denúncia.
O promotor afirma ainda que, se condenados, os responsáveis pelas empresas devem pagar apenas multas. "Qual é o cálculo que o empresário faz? 'Se eu fraudar 5, 10 ou 20 licitações, vou receber um bolo de dinheiro. Se me pegarem em uma, tenho de pagar uma multa'."
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